Bloqueio e Infiltração

Tratamentos

O tratamento inicia com o diagnóstico, com a sensibilização de que a pessoa esta com dor, e então a atenção se volta na classificação e causa: é uma dor pós operatória, é uma dor crônica, é uma dor neuropática; pois de acordo com todos esses diagnósticos baseados na história do doente, nos sinais e sintomas que se apresenta que se decide os tipos de medicamentos que iniciaremos o tratamento. O que se faz muito atualmente e principalmente para o tratamento da dor aguda pós operatória, é o tratamento multimodal da dor que envolve várias classes de medicamentos com doses menores de cada um mas em ação sinérgica possibilitando melhor ação e diminuição dos efeitos colaterais.

Como a dor deve ser tratada?

A dor deve ser cuidada no tratamento do indivíduo, da pessoa. O tratamento da dor não é único, exclusivo ou imutável. Este tratamento envolve a participação ativa do paciente juntamente com seu médico para que consciente da sua situação, tenha a adesão ao uso de medicações que algumas vezes terão efeitos colaterais transitórios. Além da participação do médico decidindo quais medicamentos cada paciente poderá se beneficiar, não raro; faz se necessário a ação conjunta com outros profissionais, tais como psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, dentre outros. Além do tratamento medicamentoso, pode-se também recorrer ao tratamento intervencionista da dor para que com medidas invasivas, tais como infiltrações, ou bloqueios anestésicos o tratamento se realize de forma mais efetiva. Tais medidas intervencionistas são em algumas vezes realizadas no ambiente hospitalar pois detém se recursos de imagem como a radioscopia, o ultrassom e aparelhos como o estimulador de nervo periférico que auxiliam na realização dos procedimentos obtendo maior acurácia, efetividade e segurança.

“Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre se perdeu no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva.”

Caio Fernando Abreu

Bloqueio e Infiltração

Através da avaliação pré-anestésica o médico anestesiologista familiariza-se junto ao paciente e seus familiares, esclarece todas as suas dúvidas e presta as orientações quanto aos cuidados antes e após a anestesia; com isso estabelece-se a relação médico paciente transmitindo segurança e confiança para o procedimento. É exatamente durante a avaliação pré-anestésica que o anestesiologista conhece a doença cirúrgica atual, bem como outras doenças do paciente, estabelecendo uma relação médico-paciente e explicando ao paciente as opções anestésicas, seus riscos e vantagens, diminuindo a ansiedade do que irá acontecer no momento da cirurgia.

É possível realizar a avaliação pré-anestésica antes da internação para a cirurgia, no consultório – num ambiente ideal – mas em alguns casos não há esta disponibilidade e a avaliação pré-anestésica poderá ser realizada no próprio hospital, durante a internação antes do procedimento cirúrgico.

A avaliação pré-anestésica é uma consulta onde o anestesiologista irá investigar o estado geral do paciente, suas atividades diárias, os sintomas iniciais da doença cirúrgica atual, exames realizados, medicações em uso, alergias a medicamentos e história familiar e pessoal, relacionada a anestesia em cirurgias anteriores, estabelecendo os riscos medicante cada procedimento anestésico cirúrgico. É através desta avaliação pré-anestésica que permite ao médico anestesiologista programar o tipo de anestesia que o paciente irá receber para a cirurgia agendada e esclarecer o paciente a respeito de como será o procedimento, por exemplo como é realizada a anestesia geral ou peridural, conforme cada caso.

Bloqueio e Infiltração

O jejum pré-operatório é de extrema importância para a segurança do paciente. Confira como dever ser realizado, de acordo com idade e tipo de alimento

Idade Sólidos, leite e derivados Líquidos sem resíduos
>36meses 8 horas (leite de origem animal e derivados) 2 horas (crianças) e 3 horas (adultos)
<6 meses 4 horas (leite materno) 2 horas
0-36 meses 6 horas (leite artificial/fórmula) 2 horas

Líquidos sem resíduos: água, chá, café, gelatina, sucos sem polpa, sem açúcar e sem adoçante e que não seja de soja.